Como um eco do vento a chamar por nós, nunca haverá ligação mais forte
do que aquela que nos faz desejar voltar para casa durante a vida toda.
Sandra Reis
Quando somos crianças, a nossa casa é aquele lugar seguro onde brincamos, onde sorrimos e choramos, onde temos alguém, um pai, uma mãe, uma avó, um irmão, ou até o cão, que nos espera ansioso, a nossa casa é aquele sítio onde acreditamos que estamos protegidos de tudo.
Quando somos adolescentes, a nossa casa é o sítio onde crescemos, onde nos moldamos, e embora passemos a querer mais estar fora de casa, estar na escola, estar com os amigos e sair, quando ficamos tristes, desiludidos, confusos, quando precisamos de conforto e desabar em segurança, corremos de volta para lá, onde talvez haja alguém pronto para nos dar um abraço incondicional, alguém que nos permite chorar sem vergonha, ou pelo menos, onde teremos o nosso refúgio dum mundo que vamos descobrindo cada vez mais complicado e difícil.
Quando nos tornamos adultos, há uma estranha mudança, e embora desejemos voltar a nossa casa porque temos saudades todos os dias, mil vezes saudades se estivermos longe, mas nessa altura a nossa casa já não é apenas o espaço físico delimitado por paredes e janelas, mas sim um espaço, criado por nós, um espaço à nossa volta onde estão as coisas mais importantes para nós, a nossa família, os nossos animais, os nossos amigos, as nossas coisas, o jardim onde passeávamos, o mar onde víamos o pôr-do-sol, a praia onde corríamos no Verão, as árvores na rua, as ruas por onde passávamos todos os dias para ir para a escola, para casa dos amigos...
A nossa casa é aquele sítio onde crescemos, onde criamos as nossas histórias, onde
fomos felizes, até que um dia percebemos que a nossa casa pode ser
noutro sítio qualquer, onde temos o nosso coração e as pessoas mais
importantes do mundo, que amamos e fazem parte de nós. Quando nos apaixonamos de verdade, a nossa casa passa a ser um "coração itinerante" e vamos até ao fim do Mundo pela pessoa que mais amamos, porque onde ela estiver será agora a nossa verdadeira casa. Todas as paredes e todas as janelas serão agora apenas um espaço secundário para estarmos perto dessa pessoa. A nossa casa é o sítio onde está ou esteve a pessoa que mais amamos no mundo, mesmo que um dia essa casa possa
ser um sítio triste e sem vida, um sítio onde podemos estar algumas horas perto de alguém que já perdemos.
Continuo a sentir que Espinho é a minha casa, não as paredes e as janelas daquela casa onde vivi e cresci, essa é apenas um pequeno pedaço dum todo, mas Espinho completo, a cidade onde cresci, onde me tornei na pessoa que sou, onde "escrevi" o meu livro de histórias encantadas e desencantadas, onde está a minha praia, o meu mar, o meu parque, tanta coisa... não a trocaria por mais sítio nenhum, mas quando nos apaixonamos a nossa casa passa a ser junto de alguém, e, por isso, hoje vivo no Porto, com as pessoas mais importantes da minha vida, porque agora eles são a minha verdadeira casa.
Onde quer que estejamos, onde quer que vivamos, não há nada como voltar à nossa casa, seja por um dia ou para sempre, não é verdade? Seja ela qual for...Sandra Reis
Tenho a mesma opinião acerca do que é a nossa casa.
ResponderEliminarE é sempre bom voltar lá...
Excelente texto, gostei imenso, parabéns.
Sandra, continuação de boa semana.
Beijo.
A nossa casa é também onde estão os nosso...
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Eu também concordo!!!bj
ResponderEliminarobrigado :)
ResponderEliminarNão podia estar mais de acordo :)
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Verdade, sem dúvida. Gostei tanto do que li. Beijinho e bom fim-de-semana.
ResponderEliminarUm texto fantástico com o qual concordo em absoluto!
ResponderEliminarBom fim-de-semana
:)
Não há lugar como a nossa casa, seja ela onde for. Desde que nos represente e que preserve aquilo e aqueles que nos fazem bem, o nosso lar é o nosso maior refúgio
ResponderEliminarr: Aquele livro foi uma autêntica surpresa *-*
Muito, muito obrigada
Beijinho grande
Oi querida,
ResponderEliminarA vida é mesmo assim, eu já passei por todos esses ciclos, a ânsia de conhecer lugares diferentes me fez abandonar meus pais e me casar com um homem da capital, valeu pelos empregos que tive, pelo filhote, só amarguei ficar viúva aos 37 anos. Voltei para recomeçar morando pertinho da mamãe, casei-me aos 45 e sou feliz até quando Deus quiser.
Adorei
Beijos
Lua Singular
A nossa casa será sempre a nossa casa *.*
ResponderEliminarBeijinhos,
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Boa tarde, seja ali ou acolá, a nossa casa é o porto seguro, tudo muda porque nada é para sempre, assim, a nossa casa é aquela que nos faz sentir bem, que nos convida a regressar diariamente.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
AG
Sinto precisamente o mesmo, adorei ler o teu texto! :) Beijinhos
ResponderEliminar--
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A nossa casa é o nosso castelo, o nosso reino, o nosso ninho. Nada há igual. Feliz fim de semana.
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