Este blogue é um ponto de encontro com amigos desconhecidos que se reconhecem nas palavras e nos gestos, aqueles por vezes tão comuns que deixamos de reparar, até alguém nos voltar a falar deles, como se fosse a primeira vez.

Música

16 de novembro de 2018

Um Oceano entre Nós - III

* Capítulo I  *  Capítulo II  * Capítulo III * Capítulo IV * Capítulo V *


“Como pode ser tão doloroso ter-te finalmente perto de mim?
Estavas a milhares de quilómetros, um oceano entre nós, e não me sentia assim,
como se uma bola de ar estivesse a encher o meu peito
e a qualquer momento pudesse rebentar dentro de mim.”

Naquele dia no aeroporto, por momentos eu senti-me feliz, tu estavas ali à minha frente, finalmente podia voltar a ver o teu sorriso, o brilho dos teus olhos escuros, estava tão feliz, não havia mais nada entre nós, nem o tempo, nem a distância, nem o ar. Mas a realidade é como o acordar dum sonho e não há como lhe fugir. Quando seguíamos para o elevador do aeroporto, calados, atrás de todos, vi nos teus olhos que me querias falar, e li a correr o que tinhas escrito para mim no teu olhar, também queria dizer-te tudo, tudo, naquele silêncio, mesmo sem palavras, mas não consegui, não permiti que me lesses. Cada vez que olhavas para mim de forma demorada, os meus olhos fugiam de ti, pois temia que o meu cérebro me enganasse e me fizesse esquecer que já não estávamos juntos, temia o meu próprio impulso de me julgar ainda tua, o meu desejo tão forte de te agarrar sem largar mais, de te beijar sem parar. Senti-me amarrada, por fora e por dentro, tão desesperada e tão sozinha.

Juntámos-nos aos outros no elevador. Descemos com as gargalhadas felizes de todos, eu sorria, tu sorrias, mas havia um silêncio dentro de mim, fora de mim, à nossa volta, como se os ouvisse longe, como se eu e tu estivéssemos sozinhos dentro de uma bolha invisível e os outros num mundo paralelo.

Saímos do elevador e seguimos para os carros, continuávamos a sorrir, mas ao mesmo tempo sentia-me tão confusa, tão triste, não queria que fosses, não te queria deixar ir, mesmo que a distância agora fosse curta, mesmo assim, continuava cheia de saudades.

Entrámos em carros diferentes e, naquele curto instante, senti um golpe no peito, ainda mal tinhas chegado já te via a partir, embora perto, inalcançável para mim. Foste para casa dum primo, e eu voltei para a Biblioteca, para o trabalho, com aquele aperto no peito, a cabeça tão longe. Durante uns minutos refugiei-me entre os corredores de livros, tentei respirar, tentei ficar calma, à minha frente, nas prateleiras só via centenas de barras de cores diferentes com letras baças, eu não podia chorar, ali... Sequei as lágrimas e fui trabalhar com o coração a rebentar dentro do peito.

***

Até hoje. Passaram 72h, três dias, desde que tiveste os pés a centímetros e os olhos a milímetros dos meus, desde que me abraçaste finalmente. Hoje, depois de alguns obstáculos que o destino nos pregou durante estes três dias, vieste a minha casa. Almoçaste comigo, com o meu marido e conheceste o meu filho. Pudemos conversar, rir, contar, ouvir e pensar juntos. Mas ele estava ali, a olhar para nós, a falar, a ouvir, a pensar também. Eu podia dizer que ele não merecia o que eu estava a sentir por ti, mas no fundo da minha alma, eu sentia que sim, por cada lágrima que me fez chorar, por cada insulto que me fez silenciar, por cada marca que me deixou no corpo e na alma. Eu não conseguia sentir remorsos.

Ao fim da tarde fui-te levar a casa do meu primo. Pediste-me um abraço antes de entrarmos no carro, eu fui a correr para to dar, apertaste-me com força e começaste a dançar comigo ali mesmo na garagem. Rimo-nos e entrámos no carro. Seguimos até ao destino mas enquanto conduzia sentia que era o momento, podia não haver outro, tínhamos que falar, então fiz um desvio e parei, tu olhaste para mim e riste-te, porque percebeste porque estávamos ali. Na mesma praia onde tínhamos passado a maior parte das noites no Verão há vinte e seis anos. Saímos do carro e caminhámos até à areia, o pôr-do-sol era quase tão forte como o que eu sentia naquele momento. Queria dizer-te, mas não conseguia. Sentámo-nos apenas na areia a ver o Sol a desaparecer no horizonte, o mesmo horizonte onde, há muitos anos atrás, eu via montanhas e imaginava-te nelas, do outro lado do oceano.

Finalmente a coragem subiu pelo meu corpo como um arrepio eléctrico e perguntei-te porque paraste de me escrever, porque não foste capaz de me dizer que tinhas encontrado outra pessoa, porque não me deste o direito da despedida, de fazer o luto deste sentimento. Os teus olhos fixaram-me interrogativos, abanaste a cabeça, parecias incrédulo. Quando me respondeste, fiquei sem palavras, quando me disseste que nunca tiveste mais ninguém, que eu é que te magoei com a minha última carta, onde te escrevi que me sentia sozinha, que tinha encontrado outra pessoa, uma que podia estar comigo todos os dias, que me dava todo o amor que eu precisava… Não podia acreditar no que dizias, estaria eu maluca? Continuaste a falar, a contar que sofreste durante mais de cinco anos, sozinho, que te fechaste para o mundo, não dormias uma noite seguida, e sonhavas sempre comigo, não conseguias respirar sem mim, tiveste que andar num terapeuta para te ajudar… Que foi por isso que não me escreveste mais, porque eu te destruí com aquela carta…

Naquele instante o Mundo girou ao contrário, sentia-me uma árvore a quem arrancaram as raízes da terra, uma pedra minúscula, insignificante, que chutaram para o mar, para longe de qualquer possibilidade de voltar onde estava um dia. Tentei pensar, pensei, ele olhava-me nos olhos, eu olhava nos dele, mas como me podia lembrar de algo que eu não tinha feito? Não tinha, nada daquilo tinha acontecido, nunca escrevi uma carta assim, nunca o faria, nunca quis saber de mais ninguém durante anos. E, como a incidência da luz dum farol nos meus olhos, eu percebi, e tudo fez sentido.

Naquela altura, quando contei aos meus pais eles disseram que não podíamos ficar juntos, que era errado, mas nós não nos podíamos resignar e contrariamos tudo e todos, lutamos pelo nosso amor a milhares de quilómetros de distância numa batalha em que não tínhamos aliados, a não ser um ao outro.

Os meus pais acabaram por se calar meses depois, mas foram outros familiares, chegados, a quem não contámos nada sobre nós, foram esses mesmos familiares que me disseram que tinhas uma namorada, que chegaram a levar as minhas cartas fechadas ao correio para ti, quando estive doente, foram esses mesmos que nos enganaram aos dois, que nos separaram sem piedade, sem coração…

Afinal havia uma razão para teres deixado de me escrever, e não era uma mulher, afinal alguém te escreveu a minha última carta, e não fui eu… Perguntei-te se te lembravas da letra da carta, disseste que quando a leste não viste mais nada, rasgaste a carta e fechaste-te no quarto a chorar, enquanto o teu irmão te implorava que abrisses a porta… Senti mais um punhal no meu coração, como se pode rasgar um coração que já está todo esfarrapado?... Eu amava-te, tu amavas-me e agora, estamos separados…

Depois da revolta, a realidade apoderou-se de mim. Não podia acreditar que estava tudo perdido entre nós por causa de outra pessoa, como pudemos acreditar, porque não falamos mais um com outro? Porque não te liguei, não te escrevi mais, porque pensei simplesmente que me tinhas deixado por outra, só porque mo disseram?... Perdi-te por algo que podia ter sido evitado.

Querias chorar, os teus olhos brilhavam, mas havia tanto sofrimento escrito neles que não verteste uma lágrima… O desespero que sentia no peito, aquele desespero que se sente quando giramos os ponteiros do relógio para trás, mas o tempo não recua nem um milésimo de segundo, essa impotência fez-me chorar. Agarraste-me a mão, abraçaste-me e ficámos assim, perdidos, num abraço de perdão com mais de vinte anos de atraso.

Tudo acabava de mudar entre nós, nem eu te tinha deixado, nem tu me tinhas deixado, afinal nenhum de nós tinha deixado de amar o outro, apenas fomos obrigados a fazê-lo, a esquecermo-nos para sobrevivermos.

Eu agora sabia que o meu amor não tinha acabado, assim que te vi, percebi e senti-o de novo a arder dentro de mim, mais forte do que antes, mas tu tinhas acabado de casar há meses, e eu sentia-me a pior mulher do mundo por não querer saber disso, por só te querer de volta, fosse como fosse…

Estávamos ainda envolvidos num abraço, as minhas lágrimas já tinham secado no calor da tua pele, sentia os teus lábios no meu pescoço, o teu ar quente, só me apetecia beijar-te, o teu coração estava acelerado, o meu também, desceste um pouco com a tua boca no meu ombro e largaste-me de repente, pediste-me para irmos embora. Disseste que tínhamos que pensar. Concordei contigo e fui-te levar, para casa dos familiares, onde estavas agora a morar, os mesmos que um dia nos separaram, os mesmos que pensámos até hoje que não sabiam nada sobre nós, fui-te levar para casa do inimigo. O inimigo que te estava a ajudar a reconstruir a tua vida no meu País e, por isso, mais uma vez, tínhamos que ficar calados… Estaria ainda esse amor dentro do teu peito? Seria possível resgatá-lo, acordá-lo?

Teria que esperar dois dias para te ver de novo, parecia uma eternidade… Beijaste-me no rosto ao sair do carro, já sentia saudades tuas. Mas mal desapareceste, enviaste-me uma mensagem a dizer: “Adoro-te”, que me fez sorrir e aliviar o coração. Estava ansiosa pelo nosso próximo encontro.


(Continua…)

49 comentários:

  1. Também fico ansiosa pelo próximo capítulo, deste Amor proibido mas muito verdadeiro.
    Muito bem escrito
    Bom fim de semana

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  2. Esta história vai dar cabo do meu coração! Tão envolvente, tão sentimental, tão humana. Descreves tão bem os acontecimentos, que me sinto ao lado das personagens *-*

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  3. Será que essa história se refere a um amor proibido? Cujos os protagonistas não desistem do amor que sentem nos seus corações apaixonados um pelo outro!

    Boa noite e bons sonhos amiga Sandra.
    Bjs.

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  4. Como o mundo pode ser tão ingrato! De ficar de coração apertadinho ao ler.

    Beijinhos

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  5. Gostei imenso de ler
    Historia interessante
    Bjs
    https://caminhos-percorridos2017.blogspot.com/

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  6. Nós também ficamos ansiosos esperando a continuação. Tá lindo! beijos, chica

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  7. Emocionante! Isso é mesmo amor!
    E quem como eu se deixa meio envolver nas tuas palavras...
    Bom fim de semana Sandra.
    Beijinho

    Olhar D'Ouro - bLoG
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    Olhar D'Ouro – yOutUbE * Visitem & subcrevam

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  8. Caros amigos leitores,

    estamos de volta com um novo conto ainda sem título.
    Convidamos-vos, assim, a ler o capítulo 0.
    https://contospartilhados.blogspot.com/2018/11/novo-conto-ainda-sem-titulo-capitulo-0.html

    Sempre com um enorme carinho e respeito por vós,
    AUPAC

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  9. grande texto parabéns :)

    r: sorrir é o melhor da vida, devíamos sorrir todos os dias.
    Bom fim de semana .

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  10. Vidas separadas, caminhos diferentes, mas um amor que perdurou no coração dos dois.
    Fico a aguardar a continuação.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  11. Encontros, desencontros... mas há ainda amor...
    Aguardo a continuação...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  12. Que reviravolta!!! Não estava nada à espera, mas estou mesmo muito curiosa para saber o que vai acontecer a seguir. Tu escreves mesmo bem, há tanto sentimento envolvido em cada palavra :)
    Beijinhos

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  13. Boa noite, querida amiga Cinderela!
    Mais uma vez leio eu e uma amiga/filha do coração com muito gosto pois ela tem história semelhante e juntas estamos minimizando esse relacionamento dela.
    Gosto muito de como narra seu amor.
    "Estaria ainda esse amor dentro do teu peito? Seria possível resgatá-lo, acordá-lo?"
    Tenha dias venturosos e abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

    https://espiritual-marazul.blogspot.com/2018/11/explosao-amorososa.html

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  14. Uma bonita história de amor.
    Boa semana.
    Bjs

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  15. Mais um excelente capitulo, que me deixou com vontade de mais.
    Abraço e uma boa semana

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  16. Uma linda história de amor.
    Beijos, boa semana

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  17. Já tinha passado por aqui para ler este novo capítulo. Reli e ansioso também estou pelo próximo encontro.
    Tudo de bom.

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  18. Sempre tanta creatività, nelle tue belle pagine
    Buona settimana e un saluto,silvia

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  19. Bom dia, o texto é maravilhoso, o mesmo, confirma que a vida também nos oferece traições de pessoas com quem convivemos.
    Feliz semana,
    AG

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  20. Há desencontros e encontros assim. Muito bem narrada esta história de amor. Espero a continuação.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  21. Também gosto muito do seu jeito de escrever abordando questões que são comuns em nossas vidas! Bj

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  22. Estou ansiosa para ler a continuação.
    Deixo um terno abraço para tí.
    Verena.

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  23. E a história fervilha aguçando a curiosidade
    Estou amando ler
    Beijos

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  24. r: É um artista fascinante *-*

    Vai dar, mas pelos melhores motivos, acredito!
    Nada que agradecer ❤

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  25. Uma história encantadora e única!

    Beijinhos,
    Ella Morgan
    moonlightfelicitydestin.blogspot.com

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  26. O amor tem destas coisas ... nunca é linear, nunca previsível! Beijo

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  27. Empolgante - é o termo que me ocorre para descrever esta história que, a cada capítulo, se torna mais interessante.
    Estou torcendo pelos dois - como não podia deixar de ser - embora preveja ainda muitos obstáculos pelo caminho.
    Achei muito interessante um pormenor: no meu primeiro livro, LUZ AO ENTARDECER, também acontece um episódio com uma carta "sonegada" que altera todo o futuro da heroína...
    Aguardo o próximo capítulo, agradecendo desde já "lembra-me" a publicação 😘

    Feliz Terça-feira e uma boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  28. Um texto maravilhoso! Que bea história de amor. Gostei muito de ler.
    Continuação de excelente semana.

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  29. woaunh mas que bonito texto parabens adorei bjs

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  30. Achei o texto bem intenso, parabéns pela escrita.

    Um beijo,

    www.purestyle.com.br

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  31. Um texto poderoso, intenso, gratificante de ler. Voltarei a fim de acompanhar.
    Como o amor vence sempre, espero que seja isso que vá acontecer.
    .
    Pensamentos e Devaneios
    .
    Cumprimentos

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  32. Parabéns, querida! Maravilhoso texto que o li com atenção redobrada por ainda não te conhecer, mas creia-me como um mero espectador frio - és muito boa nisso que fazes - engendrar um enredo quente! Esse está a incendiar! Parabéns! Pena que o terreno é perigosíssimo - se ela ceder logo, será vulgar; se fizer-se difícil, sem coração; se puseres muitos defeitos no marido, frívola; se prolongares muito, enfadonho. Estou louco para ver as voltas que darás a um final feliz ou trágico. Parabéns! Os textos até então, estão maravilhosos! Abraço fraterno! Laerte.

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  33. Não gosto de amores desencontrados, a vida é curta demais para se perder tempo com esse tipo de amores.

    Gosto sim, da maneira como escreves. Empolgante, mesmo para quem não gosta de histórias de amor 💓 proibido.

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  34. Olá, Sandra! Minha amiga... mas que sofrimento! uf...
    Estou cá, seguindo, ansiosa para ver o final, será positivo ou negativo? pense bem... rss
    Beijo, amiga, uma boa semana!

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  35. Olá Sandra. Não conhecia o teu blog, e confesso que apesar de adorar romances e leitura, nem sempre me deixo contagiar pela leitura on-line pois prefiro um belo livro. Mas foi impossível começar a ler e simplesmente abandonar o texto...captou a atenção até ao final, e quero saber o desfecho. Muito bem escrito e detalhado. Parabéns :)

    Tatiana*

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  36. Lembrou-me disto:

    daí me ouves
    através do Atlântico
    pela costa que separa
    teus relevos
    do meu corpo mais ao Sul

    (planaltos
    e planícies
    sob o céu
    desta noite)

    e dentro do meu peito
    um grito irrefreado
    a estourar nossas estrelas.

    Envolvente teu texto, gostei de ler, um abraço.

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  37. Essa história é muito envolvente heim!!!
    Curiosa pra continuação...

    https://heyimwiththeband.blogspot.com/

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  38. Estou amando acompanhar sua história, é tão envolvente! Tenha um ótimo dia, beijos!

    Blog Paisagem de Janela
    www.paisagemdejanela.com

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  39. Olá, Sandra!

    Um amor tão grande e sincero como o vosso, tinha de ter gente pelo meio pérfida, que vos quis separar. Não terão remorsos?

    Dois dias é mto tempo. E continuam numa de "adoro-te". Fico a aguardar a continuação desta empolgante história.

    Beijos e bom domingo.

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  40. Hum, e que final terá essa história hein?!!
    Tu sabes envolver o leitor, adorei, bom domingo.

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  41. Uma maravilhosa história de amor, que estou a adorar seguir... até por o leitor, fica tão envolvido, quanto a própria personagem...
    Adorei!!! Parabéns, pelo teu imenso talento! E já estou ansiando, pelo desenvolvimento da história!...
    Beijinhos
    Ana

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  42. Um grande amor! Estou a adorar ler esta tua história! :) Beijinhos
    --
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  43. Acabo de ler os três capítulos e já aguardando o próximo.
    O que dá quando tentamos mudar a história dos nossos em nome do amor, da moral, da ética, dos nossos próprios valores. Quando pensamos saber o que é melhor para o outro...é nisso que dá. E agente tem essa mania de "saber" o que é melhor para o outro .
    Um beijo.

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  44. Meu Deus em que situação está ... este amor!!! 💞

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