Este blogue é um ponto de encontro com amigos desconhecidos que se reconhecem nas palavras e nos gestos, aqueles por vezes tão comuns que deixamos de reparar, até alguém nos voltar a falar deles, como se fosse a primeira vez.

Música

27 de março de 2019

Quase Pocahontas


Há caminhos que vão direitinhos ao coração e este é um deles!


Começou a Primavera, e fui, finalmente, abraçar todos os pedaços de Natureza que adoro, como uma Quase Pocahontas.

Felizmente, o novo Raio X não mostrou nada partido e depois de três semanas, posso acordar deste "sono profundo", sair e, em breve voltar a calçar o meu sapatinho! 😊

Ainda não posso esforçar muito o pé, mas pude caminhar aos poucos e ver as coisas que adoro: as flores a desabrochar; os pássaros a voar; posso ir onde me apetecer, onde me sinto feliz e segura, ver os gatos a espreitar ao Sol nos alpendres das casas, os cães a correr na areia, ver o jardim onde plantei uma árvore quando tinha quatro anos e ver o meu mar, ouvi-lo, senti-lo... 

Ficam aqui as fotos dos pedaços de natureza que eu mais adoro, nos caminhos que vão direitinhos ao meu coração :)









Não sei se conhecem o filme Pocahontas, gosto muito e todos deveriam vê-lo, aborda temas extremamente importantes, as diferenças entre os humanos, entre as culturas, a importância da Terra, da Natureza, dos Seres Vivos, das Árvores. Muito bonito e com algumas músicas lindíssimas e cheias de valor, como esta:



Quantas Cores o Vento Tem

Tu achas que sou uma selvagem
E conheces o mundo
Mas eu não posso crer
Não posso acreditar
Que selvagem possa ser
Se tu é que não vês em teu redor
Teu redor
Tu pensas que esta terra te pertence
Que o mundo é um ser morto,
Mas vais ver
Que cada pedra, planta ou criatura
Está viva e tem alma,
É um ser
Tu dás valor apenas às pessoas
Que acham como tu sem se opor
Mas segue as pegadas de um estranho
E terás mil surpresas de esplendor
Já ouviste um lobo uivando no luar azul
Ou porque ri o lince com desdém
Sabes vir cantar com as cores da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem
E pintar com quantas cores o vento tem
Vem descobrir os trilhos da floresta
Provar a doce amora e o seu sabor
Rolar no meio de tanta riqueza
E não querer indagar o seu valor
Sou a irmã do rio e do vento
A garça, a lontra são iguais a mim
Vivemos tão ligados uns aos outros

Neste arco, neste círculo sem fim
Que altura a árvore tem
Se a derrubares não sabe ninguém
Nunca ouvirás o lobo sob a lua azul
O que é que importa a cor da pele de alguém
Temos que cantar com as vozes da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem

Mas tu vais conseguir
Esta terra possuir
Se a pintares com quantas cores o vento
Tem
Compositores: Alan Menken / Stephen Schwartz

21 de março de 2019

À Meia-Noite




Todas as noites, uns segundos antes da meia-noite, o mundo dissipa-se à volta dela. Parada em frente ao relógio, sustém a respiração como se mergulhasse num mar de medo e, de olhos ofuscados pela água salgada, fica apenas a ver o ponteiro a percorrer o trajecto até àquela badalada que lhe permite voltar à superfície e respirar.

Abre a janela, olha para o Céu e procura a Lua, grata por estar ali, grata por estar livre, ainda que apenas fisicamente. Como se se pudesse abrir uma porta no tempo durante aqueles segundos antes da última badalada e o monstro a voltasse a apanhar.

Há portas no tempo que demoram muito a fechar, janelas que demoram muito a abrir e ponteiros que, em vez de tempo, apontam dolorosos acontecimentos.

As memórias ainda a cercam, ela quer esquecer, mas cada vez que tenta, a lembrança traz a dor como um punhal afiado no peito, ainda mais forte. Talvez seja melhor não tentar esquecer, deixar que o tempo apague sozinho as recordações... Durante anos culpou-se, porque não sabia a quem culpar, mas agora percebe que não podia ter culpa daquilo que aquele monstro lhe fez, destruindo para sempre uma parte da sua vida, uma parte que ficou inacabada, desmoronada e abandonada para trás... Uma parte dela que mesmo assim era parte dela, e ele, aproveitando-se de toda a sua inocência, arrancou-lha cruelmente...

Esse mesmo monstro que não teve castigo, esse mesmo monstro que a fez correr de medo durante anos, que a fez ter pesadelos à noite, que a fez paralisar de terror na rua, esse mesmo monstro que a polícia ignorou, esse mesmo monstro que podia fazer tudo... Destruiu um pedaço da vida dela, e, a parte que não destruiu, ficou com uma sombra que nunca desaparecerá.

Essa sombra precisa de luz.

À meia-noite, muitas vezes, apagam-se memórias que não se querem esquecer e recordam-se memórias que se querem apagar. O ponteiro gira sempre para o mesmo lado, não há nada a fazer, senão esperar, acreditar, e um dia quem sabe, o ponteiro gire sem que se dê conta e o tempo volte a passar sem o barulho do passado, sem o som do ponteiro, sem o medo.

Como se o tempo estivesse impregnado na pele dela, como se o tic tac fosse tudo o que conseguisse ouvir dentro de si, só à espera do dia, do momento em que simplesmente se poderá libertar, abrir os braços, partir o frasco onde está fechada, e num ápice mover todas as partículas da atmosfera à sua volta, fazer voar para longe todos os cacos de vidro que a mantiveram presa… Voltar a ouvir o som do vento, o som do mar, o som da vida, deixar o ponteiro à meia-noite esquecido para sempre, e, finalmente, ensurdecer o tic tac, com o pulsar do seu próprio coração.

Sandra Reis

19 de março de 2019

Um Pai que brilha


Se me perguntarem do que é que eu gosto, bem, eu gosto de tanta coisa, não seria possível dizer uma ou duas coisas, mas é possível dizer que gosto de tudo o que espalha alegria. Todas as coisas bonitas e valiosas que, por vezes, nem reparamos. Coisas simples, banais às vezes, mas cheias de significado.

Não sei se nasci assim ou se foi fruto da minha experiência, o meu pai dava importância a todas as pequenas coisas que muitos nem ligam e sempre que as via ele chamava-me, podia nevar todos os dias que ele chamava-me todos os dias para eu ver. Sempre com o mesmo entusiasmo. Um arco-íris, um grupo de patos a voar, granizo nas janelas, a lua, as estrelas, a cor do pôr-do-sol, um gato a saltar, um cão de barriga para o ar, uma criança a rir, um reflexo nas poças de água, sombras animadas, dentes-de-leão para soprar, pinhas para apanhar, bolotas, cerejas nas orelhas, a cor do céu, as formas das nuvens, nada lhe escapava, tudo era fantástico. Ainda é assim.

Acho maravilhoso podermos ser assim. A minha mãe, ainda lhe diz muitas vezes que ele parece uma criança. Embora ele tenha aquele brilho que vemos nos olhos das crianças, para mim ele não é uma criança, mas sim o melhor pai que eu poderia ter. Um pai que me mostrou tantas coisas, ensinou a soprar nas folhas das árvores para fazer música, a jogar à bola mesmo sendo rapariga, que brincou comigo no chão fosse com carros ou bonecas, que por mais cansado que estivesse do trabalho, arranjava sempre tempo e um sorriso para mim, tempo para me levar ao parque, à praia a apanhar pedrinhas, a comer bolacha americana, a ver os aviões aos domingos, que me ensinou tantas coisas engraçadas e dedicou todo o seu tempo a fazer-me sorrir.

Não é maravilhoso podermos crescer, tornar-nos adultos, trabalhadores, responsáveis e conseguirmos ver o Mundo com olhos de criança? Não seria o Mundo mais divertido, fabuloso e VALIOSO para nós se o víssemos assim? Um mundo em que todos os pormenores que lhe fomos descobrindo desde criança, continuassem a ser mágicos e surpreendentes todos os dias, e que, mesmo sendo imutáveis e constantes, fossem sempre capazes de nos fazer sorrir de felicidade como se os víssemos pela primeira vez.


Sandra Reis

18 de março de 2019

Domingos doces



Ao domingo normalmente não há pensamentos para dietas. Não se abusa mas também não se pensa nisso :)
Decidi fazer coisas novas. Este bolo que fiz assim sem olhar ao livro e às medidas, ficou uma delícia e a mousse abaixo foi a minha amiga Raquel que me deu a provar e eu adorei, eu que nunca gostei de oreos, rendi-me à mousse que ela fez, e claro, pedi-lhe a receita e aí está o resultado! Uma delícia (para engordar também, claro) :D

Bolo de Iogurte e Coco



Ingredientes:
6 ovos
1 colher de sopa de manteiga
200g açúcar (250g para os mais gulosos)
3 iogurtes naturais com açúcar
1 colher de chá de fermento
200g de farinha
100g de coco ralado
1 lata de leite condensado
Raspas de chocolate a gosto

Receita:
Ligar o forno a 150ºC.
Bater os ovos com o açúcar e a manteiga. Juntar os iogurtes, bater. Depois juntar a farinha, o fermento e o coco e bater tudo. Colocar na forma e depois levar ao forno durante 40 minutos a 150ºC com o calor só por baixo.
Retirar do forno, desenformar ainda quente e colocar o leite condensado lentamente em cima para absorver. Decorar com raspas de chocolate.



Mousse de Oreo



Ingredientes:
2 pacotes de natas batidas
1 lata de leite condensado
1 pacote de oreos


Receita:
Bater as natas até ficarem firmes. Juntar e misturar devagar o leite condensado.
Picar as bolachas e misturar tudo suavemente.
Frigorífico umas duas horas e fica pronto!

15 de março de 2019

Os meus amores


O gravador e as cassetes do meu pai / Foto tirada por mim

Foi aqui que tudo começou. Ainda era uma bebé quando descobri o meu primeiro amor, a Música, com o gravador do meu pai, observava fascinada os ponteiros do medidor de intensidade a mexerem com a minha voz, foi aí que senti, pela primeira vez, a cantar, a certeza de que ali estava no meu mundo, completa.

Ensinar foi o meu segundo amor, com 4 anos, ainda não sabia ler nem escrever e já dava "aulas" de quadro e giz aos meus primos mais novos (sabe-se lá bem do quê), sentados em mesas com cadernos onde eu rabiscava "certos".

Quando eu tinha 6 anos, os meus pais trouxeram connosco um gato que estava prestes a ficar sem casa, depois dele veio outro gato, mais tarde o meu cão, e fui criando laços de amizade incondicional com eles, aprendi a comunicar com eles, pelo olhar, como se falássemos a mesma língua pelos pensamentos, e descobri o meu terceiro amor, os Animais.

Aos 12 anos descobri o meu quarto amor, Escrever, sentia que era mais fácil "falar" por palavras manuscritas, sentia necessidade de escrever para me libertar, para me "ouvir", para ser eu própria, descobri que a caneta me levava para sítios onde nunca estive.

O meu quinto amor, descobri aos 14 anos, a Pintura, quando pintei numa tela pela primeira vez, e percebi que, ao contrário do que eu imaginava, era o pincel que guiava a minha mão, que levava com ele os meus dedos, que me sentia completa a pintar, desde esse momento percebi que seria para sempre.

Cresci, e acabei mesmo por escolher o curso de Professora Primária, como eu dizia aos 4 anos, ensinei durante oito anos, e uns anos mais tarde compreendi que provavelmente nunca mais voltaria a ensinar, nunca mais iria voltar a ser Professora, como milhares de Professores em Portugal, tive que aprender a aceitar isso  à força, mas admito que ainda não acredito que isto é a quase certa realidade... Já não ensino há oito anos...

Neste turbilhão de desilusões acabou por acontecer uma coisa há uns anos atrás. Como ajudar Animais era tão natural para mim como acordar de manhã, porque não sou capaz de fechar os olhos, de ver um animal a precisar de ajuda e seguir o meu caminho, não consigo dormir até fazer alguma coisa, então, não sei como, um dia dou por mim a juntar o meu amor pelos Animais, pelo Ensino, pela Escrita e pela Pintura, num só, e percebi que tudo fazia sentido. Comecei a escrever e a ilustrar livros Infantis com um propósito educativo, sensibilizar para o respeito pelos animais. Não pus a música de lado, está na minha vida a todo o momento, não a largarei jamais.

Um dia chegou o meu sexto amor. O último de todos os meus amores, o último que descobri e encontrei dentro de mim, que, como a certeza tão fresca e reveladora das primeiras gotas de orvalho da vida, me conquistou de forma profunda e eterna. As minhas duas pequeninas. Foram o último amor que surgiu na minha vida, mas são o mais importante de todos.
Agora sei, podia viver sem nada, mas jamais poderia viver sem elas <3

Sandra Reis 

As minhas pequeninas a conhecer o Mundo / Lisboa 2018 / Foto tirada por mim

13 de março de 2019

Um Sonho



Esta noite sonhei contigo. Sabes que nunca sonho. Quem me dera sonhar todas as noites, poder viver os meus sonhos pelo menos enquanto durmo, poder estar contigo pelo menos durante o sono, enquanto sonho...
Foi tão bom.
Por momentos pude-te ver, ouvir, cheirar, sentir...
Ainda que tenham sido momentos breves, frágeis e intocáveis como um arco-íris, foram os melhores desde há muito tempo...

Eu caminhava descalça na praia, na mesma praia onde caminhei contigo tantas noites naquele Verão, onde vimos juntos o pôr-do-sol... O céu estava cinzento, o vento soprava-me os cabelos para trás com toda a força, o mar estava imponente e bravo. Enquanto caminhava, sentia a areia molhada nos pés, o toque leve das gotas salgadas, o cheiro da maresia, via as conchas a aparecerem e desaparecerem entre a espuma do mar, e pensava em ti, no teu sorriso, nas tuas covinhas, nos teus olhos, nas tuas mãos, no teu abraço... no teu beijo... Como se te pudesse ainda ver, como quando caminhavas comigo naquela mesma areia...

Naquele momento, uma onda desfez-se nos meus pés, levantei a cabeça e, entre as nuvens ,o sol apareceu e deixou o céu a arder em cores quentes como o fogo que me consumia por dentro. As ondas desfizeram-se num mar tranquilo e à minha frente vi-te, ao longe, do outro lado do mar, não podia ser possível, só podia ser um sonho, mas não me permitiria acordar, e, naquele instante, as nuvens desapareceram, o vento deixou de soprar, os meus caracóis pararam de voar, eras tu, à minha frente, e quando os teus olhos pousaram nos meus, tive a certeza que o mar abriu caminho para nos juntar... Aceleraste o passo, caminhaste para mim, a areia desapareceu dos meus pés, não sentia mais nada, até que me deste as duas mãos e me fixaste nos olhos em silêncio, assim,  uns minutos, rodeados de mar e mais nada.

Só ouvia o compasso do nosso coração a ecoar pelo mar. Agarraste-me a cara com as duas mãos, olhaste tão dentro dos meus olhos que te senti entrar na minha alma... Aproximaste a tua cara, os teus lábios, e, sob aquela luz onírica do pôr-do-sol, beijaste-me... agarrando-me com toda a tua força, tal como na primeira vez, com um beijo sôfrego, cheio de desejo... Senti o mundo a girar, o mar a levantar à nossa volta, um raio de luz sobre nós e o som dum piano a tocar no horizonte, quando me sussurraste ao ouvido, "Amo-te"...

Eu queria dizer-te que te amo, implorar-te "Não vás" mas eu sabia que era um sonho, eu sabia que ainda não era o nosso momento, o mapa do nosso tesouro ainda não estava completo e não estavas pronto para chegar ao teu rumo, nem tu, nem eu...

Fiquei calada só a sentir-te, porque eu sabia... sabia que estávamos destinados um ao outro, sabia que os nossos caminhos já se tinham finalmente aproximado, eu sabia que agora era só esperar que ambos se cruzassem, e a vida nos voltasse a juntar.

Quando te ia dizer "Amo-te", acordei. Mas não acordei com a cara salgada do mar.. Acordei a sorrir, por te ter sentido, ouvido... Por saber que depois de tantos anos à espera tu estavas a chegar... Por saber que, em breve tudo voltaria a fazer sentido nas nossas vidas, tudo voltaria àquele lugar onde um dia nos tinham separado, tudo voltaria, de uma forma ainda melhor, a ser o que nos estava desde sempre destinado, de cada vez que nascemos, de cada vida que vivemos, a ficarmos eternamente juntos.

 Tudo voltaria, só restava esperar.


Sandra Reis

10 de março de 2019

Fantasma



"Há fantasmas que nos perseguem, às vezes, uma vida inteira.
Outras vezes, somos nós próprios, os nossos fantasmas..."
Sandra Reis



Fantasma…


Caminho pela erva
Entre caminhos e florestas
As flores não me sentem
As árvores não me ouvem
Os pássaros não fogem
Voo entre as borboletas
Amarelas, azuis e pretas
De asas transparentes
As pedras são indiferentes

Os pés não tocam no chão
O dia nasce, a luz é clara
Como eu desejava a escuridão
Se pudesse voltar a existir
Ouvir pulsar o meu coração
Amar, sentir, sorrir

Eu sei que estou viva…
O sangue corre nas veias
Cumpre os seus deveres
Como uma pauta de colcheias

Mas sou um fantasma
À procura duma porta no tempo
Que só me deu um ensejo
Naquele dia. naquele momento,
Que agarrei com os meus dedos
Tudo o que almejo…

E por entre os dedos
Tudo se dissipou como fumo…
Sem ti, perdida, para sempre…
Tornei-me fantasma no meu próprio rumo…

Quero uma segunda oportunidade
Agarrar-te e nunca mais te largar
Quero-te até à eternidade
Não voltar a deixar que te leve o vento
Como estames de dentes de leão
Tornados fantasmas
À mais leve brisa das portas do tempo
Por onde voam os pedaços do meu coração…


Sandra Reis


4 de março de 2019

Quase Bela Adormecida...

 
Fotografia de Petr Titarenko
Fotografia de Petr Titarenko

Nestes dias passei de Quase Cinderela para Quase Bela Adormecida... Espero que por pouco tempo! :D


Na passada quinta-feira, caminhava na rua descontraída quando, de repente, um pequeno desnível de 2 a 3 cms no chão me fez deslizar o pé esquerdo, escorregar e torcer de uma maneira que me fez ver literalmente ESTRELAS. As dores foram tantas que tive uma crise de hipoglicemia e durante alguns minutos pensei que ia desmaiar... Fiquei quase imediatamente com dois inchaços enormes, um no lado exterior do pé e o outro no tornozelo. Pus muito gelo e segui para o hospital.

Algumas horas e 4 Raios X mais tarde o ortopedista informa-me que torci o tornozelo esquerdo e que, provavelmente fracturei o osso do pé, dado o tamanho do inchaço naquele sitio.... Embora sem a certeza, dado que no raio X não conseguia ver bem, e sem me querer submeter a um TAC, mandou-me imobilizar o pé com um sapato próprio, que não dá jeito nenhum devido à borracha de 2cm e só do meio para trás, que me impede de dobrar o pé e duas canadianas. Claro, mandou-me repousar o pé, pôr gelo 3 a 4 vezes ao dia, tomar brufen e voltar lá quinta-feira para confirmar se está mesmo partido ou não...

Estes dias têm sido muito aborrecidos... Sempre sentada ou deitada, com o pé levantado, frio e com formigueiros de vez em quando... Não consigo fazer grande coisa e mesmo assim, sentada, não dá jeito, pela posição, de usar o portátil no colo para escrever... Fico tão aborrecida que dou por mim a olhar para a televisão sem ver nada e com livros ao meu lado para ler que nem abro...

Vou andar um bocado a "carvão" estes dias. Por isso, perdoem-me a ausência. Que seja rápido e se resolva bem! 

Um beijinho a todos