Este blogue é um ponto de encontro com amigos desconhecidos que se reconhecem nas palavras e nos gestos, aqueles por vezes tão comuns que deixamos de reparar, até alguém nos voltar a falar deles, como se fosse a primeira vez.

Música

31 de agosto de 2018

#2 Últimos filmes que adorei

Eu adoro ver filmes à noite aconchegada no sofá. Não sei qual vou ver hoje, talvez um romance histórico ou um thriller com suspense, alguma acção e gargalhadas pelo meio. Entretanto, lembrei-me de partilhar aqui dois dos melhores filmes que vi nas últimas semanas.
Espero que gostem. Deixem as vossas sugestões nos comentários. Obrigada ;)


"A Idade de Adaline", é de 2015, mas nunca tinha visto. É um filme inspirador, com história e ficção, é muito bonito com um enredo cheio de suspense e surpresas. Para quem gosta de romances este é perfeito!


"Deadpool 2", este é de 2018, já tinha visto o primeiro filme e adorei, mas este excedeu todas as possibilidades, tem uma excelente cotação e é de partir a rir, tem imensa acção, suspense e é mesmo muito divertido. Recomendo!!
















Pipocas Estaladiças e Doces!


Depois de andar uns anos a queimar açúcar no fundo dos tachos, descobri finalmente o que estava a fazer de errado e agora consigo fazer as melhores pipocas que já comi!  modéstia à parte ;) porque são feitas na hora, comem-se quentinhas, estaladiças e doces!


Para isto correr bem eu uso um tacho anti-aderente. Pelo sim pelo não :)

Ingredientes:
Milho para pipocas
1 a 2 colheres de sopa de óleo
Açúcar

Colocar o milho no fundo do tacho sem encher muito e sem fazer camadas por cima. Bem espalhado. Deito o óleo por cima do milho sem cobrir tudo, só uma colher ou duas. Tapo o tacho e ponho no mínimo.
Deixo o milho abrir todo, quando estalar a última retiro-as para uma tigela. Coloco açúcar no fundo do mesmo tacho e ponho no mínimo, coloco as pipocas por cima do açúcar e vou esperando que o açúcar comece a derreter, mal começa a derreter começar a envolver as pipocas no açúcar e parar antes da calda de açúcar ficar amarela. Retirar e colocar numa tigela! Nham Nham!! :D
E agora é só pôr o filme a dar! :D

29 de agosto de 2018

Esvaziar a casa e a mente



Hoje foi dia de arrumar, organizar, esvaziar, porque vai começar um novo ano!
Não sei se isto vem desde a infância, porque todos nos habituamos aos inícios em Setembro desde a pré-escola ou da primária, ou se é coisa de agora, não analisei as razões, mas o meu ano muda de Agosto para Setembro e não de Dezembro para Janeiro :)

Nas férias de Verão, vão-se "construindo" pequenos amontoados em alguns espaços da casa, sendo na maioria papéis, cadernos, canetas, borrachas, elásticos de cabelo, etc etc etc, e, mesmo no fim do mês, olho à minha volta e sinto que chega o meu momento de esvaziar e restaurar energia.

Começo a arrumar qualquer coisa, geralmente nunca é planeado, às vezes é um simples arrumar da secretária para ter mais espaço para escrever ou pintar e, de repente, já passei um dia inteiro a arrumar, separar, ordenar, (com muitas interjeições de espanto pelo meio, porque guardo sempre coisas que nem me lembrava que tinha), organizar, e, por fim, decidir, se vai para o lixo ou não (às vezes é uma decisão dolorosa). Mas se guardamos tudo ficamos atafulhados e stressados. Precisamos não só do nosso espaço como de sentir alguma liberdade dentro do nosso próprio espaço!

Se as nossas mentes estiverem tão atafulhadas de coisas inúteis (porque estão!) como as nossas casas ao longo de cada ano, precisamos mesmo de esvaziar a casa e a mente! Liga-se a música, saboreia-se dois quadrados de chocolate para incentivar e eis que tudo fica certo, arrumado, limpo, espaçoso e estamos prontos para recomeçar, encher uma nova página vazia, um novo livro ;)

Sandra R.


Encontrei isto:

28 de agosto de 2018

#1 Na Serra d'Arga



A Serra d'Arga é uma paraíso, entre vários, que temos em Portugal. Desde a primeira vez que lá fui que fiquei rendida. É um sítio onde podemos sentir a natureza na sua grande imensidade. É inexplicável, por mais que tente, porque somos invadidos pelo estado puro da Terra, sentimo-nos parte da natureza, como se juntos fossemos um todo e a verdade é que somos, mas nunca sentimos isso a não ser quando as paisagens nos conseguem avassalar e invadir o nosso coração :)


Descubra Minho
Aldeias de Portugal
Fugas Viagens

27 de agosto de 2018

Daisy e o Amor sem Filtros


Acabei de ler o livro e adorei!

A Daisy é uma mulher muito engraçada. Uma mulher que só deseja ser feliz um dia, como qualquer uma de nós. No entanto, está totalmente dependente das redes sociais, não consegue apreciar os momentos se não for para os partilhar com os 2236 amigos do facebook até que, por obra da sua "dependência" o inesperado se sucede e, de repente, vê-se numa aventura com a irmã, longe de tudo e de todos, que envolve o restauro duma quinta num lugar tão remoto que nem rede tem, um francês escultural e atraente, um cavaleiro andante muito mal-humorado que odeia turistas, muita lama e dois telemóveis enfiados numa taperware no fundo de um poço.

Uma história cativante, leve e muito divertida, que prova que há vida para além do twitter, instagram, facebook ou qualquer outra rede social, que é possível sobreviver sem internet e sem telefone e ainda assim, ou, graças a isso, finalmente encontrar a verdadeira felicidade no total acaso e inesperado recanto da vida.

Recomendo esta leitura a todos e todas, não só aos que sentem necessidade de ir espreitar sempre que ouvem um "pi" de notificação ou que acreditam que se ficassem sem Internet um dia ou dois, não saberiam o que fazer. É uma história para todos. Vão-se rir imenso com esta história e sentir uma espécie de brisa agradável, da vida nos nossos dias para além da internet :)

Este vai direitinho para a minha lista de "Livros para Sorrir".

Boas leituras ;)

24 de agosto de 2018

Blogue, meu adorado Livro Encantado


No outro dia, um amigo meu, também escritor e artista, disse-me que eu tinha muita coragem por partilhar os meus trabalhos no blogue. Não sei se será preciso coragem, uma vez que escrever sou eu a ser eu própria, sem filtros, faz parte de mim e dá-me um prazer imenso.

A verdade é que em Portugal é muito difícil ser-se publicado (a menos que se tenha "nome" ou  conhecimentos). As editoras dizem que publicam pela qualidade literária mas são aos milhares os livros que vemos nos supermercados e livrarias sem qualidade literária nenhuma, apenas têm um ponto em comum, são do interesse das massas, são livros sobre vidas alheias, sobre poderes espirituais, curas milagrosas, biografias de famosos. São livros que não considero de qualidade literária.

Já passei pela dura experiência de publicar um livro numa dessas editoras que nos cobram, fui iludida de todas as maneiras possíveis, paguei um balúrdio por 500 livros, assinei um contrato que dava para os dois lados, mas quem não sabe é como quem não vê, certo? Tive que ser eu a vender os meus livros, tinha que lhes pagar metade do valor do livro para os ter em posse e vender, e eles nem a parte da promoção cumpriram, a fnac portugal aceitou colocar lá os livros e a editora nunca os levou, contudo, os livros que o próprio editor ia escrevendo estavam todos na fnac, prateleiras acima e bem visíveis. Um dia, uma amiga que trabalhava com o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, entregou-lhe o livro por mim, poucos dias depois ele ligou-me para o telemóvel pessoalmente para me dizer que tinha adorado, que se tinha rido imenso durante a viagem de avião para algures em África com o meu livro e que eu tinha que ir a Lisboa tomar um café com ele, depois disso ainda foi ao post do meu livro e deixou um comentário também.

01 maio, 2010 23:06
Muitos parabéns!Gostei imenso de ler!
Marcelo Rebelo de Sousa

Fiquei infinitamente feliz porque o admirava como pessoa, era importante para mim que ele tivesse gostado do livro claro, mal sabia que um dia seria o nosso Presidente, mas à parte isso, quando o editor soube do Prof. Marcelo, mesmo tendo ele adorado o meu livro, não foi o suficiente para a editora fazer mais pela promoção. Assim acabou por chegar o fim do contrato de dois anos, todos os meus livros não vendidos, ficaram na posse da tal editora, e se eu quiser algum tenho que pagar.

Resumindo, paguei tudo e fiquei sem nada. Neste negócio a parte humana dos editores é suprimida pela ganância, de forma que todo o cuidado é pouco (não digo com todos, claro, não conheço todos, mas tenho dois amigos que já foram vítimas de roubo de propriedade intelectual por parte de editoras). Andei uns anos com medo e da última vez optei por me publicar a mim, pedi um ISBN à Agência Nacional de ISBN e uma gráfica fantástica aqui perto do Porto, a SerSilito, fez o trabalho restante todo, sempre a virem cá a casa confirmar cada pormenor. Adorei a experiência, mas depois surgiu outro problema, a divulgação, a promoção do livro. Como promovê-lo, como fazê-lo chegar às livrarias, como publicitá-lo? Somos formigas a lutar contra gigantes nesse campo. Só as editoras o conseguem. Assim não digo que desisti da batalha, porque não desisti, mas agora fico apenas por aqui pelo blogue. Aqui sinto-me bem a escrever.

Claro que continuo a escrever os meus livros, mas esses vão ficando na prateleira para já, como se costuma dizer "gato escaldado, de água fria tem medo" e para já não me sinto com vontade de publicar um livro sozinha sem meios de publicidade... Se um dia uma editora quiser publicar algum deles, daquelas editoras tradicionais que publicam sem encargos nenhuns para o autor, óptimo, claro que seria fantástico, mas para já não os tenho enviado, porque já enviei demasiadas vezes e perdi um pouco da fé, da paciência e da coragem para ouvir "nãos" que nos deixam tristes.

Por isso, como eu disse, o meu blogue é o meu Livro Encantado onde posso escrever o que quiser, onde me sinto bem, porque ao fim destes anos no blogue aprendi que não preciso duma capa para me sentir realizada, bastam-me as páginas.

Escrever para vocês é das coisas que me faz mais feliz na vida! Por isso, a todos os que aqui vêm espreitar e ler de vez em quando, MUITO OBRIGADA!

Sandra Reis

23 de agosto de 2018

Doce de Leite Condensado com Compota e Chocolate


Há dias que apetece uma sobremesa doce, leve e fresca. Esta é deliciosa e é bem fácil e rápida de fazer.

 


1 lata de leite condensado
1 pacote e meio de natas
2 colheres de sopa de compota de morango ou outro
100 gr de chocolate partido em pedacinhos
5 folhas de gelatina
10 Bolachas Maria raladas


Colocar as folhas de gelatina completamente emersas num copo de água fria durante 5 minutos.
Retire as folhas de gelatina da água e espremê-las bem.
Ferver 1dl de água, misturar as folhas de gelatina espremidas e mexer até dissolverem completamente.

Bater as natas numa tigela. Juntar-lhe o leite condensado e misturar docemente, sem bater. Adicionar o líquido das folhas de gelatina. Misturar homogeneamente.
Deitar o preparado numa travessa de vidro. Cobrir a gosto com a bolacha Maria ralada, decorar com a compota e os pedacinhos de chocolate.

Levar ao frigorífico até solidificar.

21 de agosto de 2018

Desafio: Uma Carta para Alguém Especial




"As Cartas de Amor deviam ser obrigatórias. Não há palavras mais profundas do que as que guardamos durante décadas numa carta de amor... Seja de um amor antigo, de uma avó, mãe, filha, irmã ou mesmo de uma grande amiga. Quando lemos uma carta escrita com amor, ao lê-la renascemos muitas vezes... Revivemos, amamos e sorrimos "  - Sandra Reis -

Sempre adorei escrever, em qualquer tipo de papel com qualquer caneca mais à mão. Onde quer que fosse, onde quer que vá não pode faltar um bloco ou um caderno, lápis e canetas.
Na escola primária colecionava folhinhas, tinham perfume e desenhos, vendiam-se bloquinhos de vários tipos, tamanhos, feitios e imagens, eu adorava as do Snoopy. Trocávamos folhinhas na escola, como quem troca cromos.
Não sei quando é que se perdeu essa vontade de usar papel e caneta, ainda fiz alguns trabalhos para a escola em máquina de escrever, depois vieram os computadores, os livros digitais, os e-books, e já não há calos nos dedos de tanto escrever, como havia antigamente.
Tenho pena que se esteja a perder essa vontade, por um lado é bom para as árvores, poupamos árvores, mas por outro, não sei...
Pegar num tablet e ler um e-book não tem a mesma magia do que agarrar num livro e desfolhar cada página. Os segundos de suspense que me invadem ao virar da página de um livro não são iguais num e-book. E se não tivesse as prateleiras cheias de livros, teria o quê?...
Assim como agarrar na caneca e escrever não é igual ao bater das teclas, nem é tão silencioso :)
Já não se enviam cartas pelo correio nem postais nas férias, já não haverão memórias escritas nas gavetas de alguém daqui a umas décadas... Ou haverão?
Devíamos escrever uma carta de vez em quando a alguém especial na nossa vida. Não acham? Não é tão bom receber uma carta de alguém que não vemos há muito tempo? Não acham que é completamente diferente, muito mais pessoal, carinhoso e íntimo do que enviar um e-mail?

Eu vou escrever a minha, a alguém muito especial, uma amiga do tempo das "folhinhas com perfume", aquela amiga que é como uma irmã para mim, uma amiga que "escreveu" comigo quase metade da minha história, aquela amiga que me acompanhou em todos os momentos da adolescência, os felizes e infelizes, a amiga que partilhou milhares de momentos comigo (foto à direita), uma amiga que está tão longe que não vejo nem abraço há mais de 20 anos.

Vou deixar aqui o desafio: "Uma carta para alguém especial".
Vocês alinham neste desafio? ;)

12 de agosto de 2018

Espinho todos os dias


 

Tenho saudades de Espinho todos os dias. Não há outro lugar no mundo onde preferisse estar, caminhar, passear, respirar todos os dias da minha vida.

Não posso dizer que adoro Espinho no Outono, quando as ruas ficam cheias de folhas castanhas e laranjas secas que estalam ao calcar, quando se volta à Biblioteca para estudar ou escolher um livro, quando se compra castanhas e caminhamos na praia vazia, quando se ouve apenas o som das ondas do mar mesmo ao nosso lado, a maresia no nariz, o vento ainda morno

Não posso dizer que adoro Espinho no Inverno, quando as árvores estão despidas e a chuva molha as ruas, quando as gaivotas se juntam ao entardecer para verem o pôr-do-sol, quando apenas elas e os grãos de areia testemunham a força do mar, igual a dezenas de cavalos de espuma salgada, quando os gatos se aquecem debaixo dos carros quentes, quando toda a cidade se ilumina com as luzes e a música de Natal

Não posso dizer que adoro Espinho na Primavera, quando as ruas se enchem de verde das árvores, quando o parque se enche de flores, quando se ouvem pássaros a chilrear, quando o sol ilumina e dá sombra, ao mesmo tempo, em cada uma das esquinas de cada quarteirão das ruas perfeitamente delineadas, quando o passeio da beira-mar se enche de gente a caminhar novamente e as esplanadas recuperam a vida

Não posso dizer que adoro Espinho no Verão, quando o Sol aquece e a brisa refresca, quando as praias se enchem de vozes, gargalhadas e vendedores de bolas de berlim, quando nos sentamos nas escadas da praia ou nos muros a comer um gelado, quando podemos ver as estrelas na praia à noite ou molhar os pés na água morna, quando a maré desce e a baía se transforma num areal enorme iluminado pela lua cheia

Não escolho uma estação, um mês ou um dia, porque eu escolho Espinho todos os dias. Todos os dias penso na minha cidade, a revivo nos pedaços da minha história, sonho em voltar. A cada palpitar do meu coração ela estará lá, cada vez mais viva, cada vez mais forte. Espinho faz parte de mim, do que eu fui, do que eu sou, é ali que eu estou, e estarei, sempre que precisar de me reencontrar.

Sandra Reis @ 2018