Enquanto conduzia até ao Concerto, sentia-me novamente uma adolescente
apaixonada. Aquele sentimento avassalador que nos faz palpitar o
coração com demasiada força, que nos enche o peito de ar que parece que
não sai, que nos faz brilhar os olhos como faróis no mar e sorrir de felicidade.
Tu não sabias se eu conseguiria aparecer e eu conduzia o mais depressa que podia para te dizer "Consegui! Estou aqui!". Estava ansiosa. Era a primeira vez que te ia ver a tocar. Quando te vi e chamei, no meio de toda a turbulência, de toda a multidão, vieste a correr ter comigo e apertaste-me com força, cheio de felicidade, e eu, abracei-te, com os meus braços e o meu coração.
Uns minutos depois subiste ao palco. Não consigo descrever o que senti ao ver-te e ouvir-te a tocar. Uma mistura entre admiração, orgulho e êxtase.
Cada corda que vibrava, tu vibravas com ela, cada som fazia-te brilhar por dentro, o teu corpo transbordava emoções e sentimentos. A cada solo que tocavas, eu via-te como nunca te tinha visto antes. A tua sensibilidade, a tua vulnerabilidade, a tua força, deixavam-te sem fôlego. Tu respiravas a música, como eu.
Conforme as cordas vibravam, as ondas de som agitavam todo o ar à minha volta, e transportaram-me, duma forma tão realista, duas décadas atrás, para ter a oportunidade de te reencontrar e te ver a tocar, quando ainda éramos adolescentes, naquela Academia de Música, onde nos cruzávamos nos corredores, onde te sentavas no banco do alpendre, mesmo por baixo da minha sala, com a guitarra ao colo nos fins de tarde.
Naquele instante, em que te vi tocar guitarra, reencontrei-te nos corredores da velha Academia e encontrei-te olhos nos olhos pela primeira vez.. tínhamos novamente 17 anos, tu tocavas guitarra na cave, eu cantava na torre do primeiro andar, ambos abafados pelo som dos saxofones no rés-do-chão.
Hoje o rés-do-chão da nossa história silenciou-se, para que nos pudéssemos reencontrar nas notas do nosso destino.
Tu não sabias se eu conseguiria aparecer e eu conduzia o mais depressa que podia para te dizer "Consegui! Estou aqui!". Estava ansiosa. Era a primeira vez que te ia ver a tocar. Quando te vi e chamei, no meio de toda a turbulência, de toda a multidão, vieste a correr ter comigo e apertaste-me com força, cheio de felicidade, e eu, abracei-te, com os meus braços e o meu coração.
Uns minutos depois subiste ao palco. Não consigo descrever o que senti ao ver-te e ouvir-te a tocar. Uma mistura entre admiração, orgulho e êxtase.
Cada corda que vibrava, tu vibravas com ela, cada som fazia-te brilhar por dentro, o teu corpo transbordava emoções e sentimentos. A cada solo que tocavas, eu via-te como nunca te tinha visto antes. A tua sensibilidade, a tua vulnerabilidade, a tua força, deixavam-te sem fôlego. Tu respiravas a música, como eu.
Conforme as cordas vibravam, as ondas de som agitavam todo o ar à minha volta, e transportaram-me, duma forma tão realista, duas décadas atrás, para ter a oportunidade de te reencontrar e te ver a tocar, quando ainda éramos adolescentes, naquela Academia de Música, onde nos cruzávamos nos corredores, onde te sentavas no banco do alpendre, mesmo por baixo da minha sala, com a guitarra ao colo nos fins de tarde.
Naquele instante, em que te vi tocar guitarra, reencontrei-te nos corredores da velha Academia e encontrei-te olhos nos olhos pela primeira vez.. tínhamos novamente 17 anos, tu tocavas guitarra na cave, eu cantava na torre do primeiro andar, ambos abafados pelo som dos saxofones no rés-do-chão.
Hoje o rés-do-chão da nossa história silenciou-se, para que nos pudéssemos reencontrar nas notas do nosso destino.
in "Duas Décadas à tua Espera" (excerto III), Sandra Reis
Amei a postagem!!!
ResponderEliminarAjudem o Salvador a ganhar.
Beijos e uma excelente tarde.
Sei que me repito, mas fico sempre encantada com a sensibilidade dos teus textos! Já para não falar de que é impossível não sentirmos na pele todas as sensações que transmite *-*
ResponderEliminarGosto da partilha... Bj
ResponderEliminarAmei ler o seu texto, Sandra
ResponderEliminarDeixo um carinhoso abraço.
Verena.
Olá, Sandra!
ResponderEliminarGostei desta ta narrativa, “Nas Notas do nosso Destino”, que me manteve preso até ao seu final. Parabens!
Boa continuação da semana Sandra.
Beijo.
Pedro
Um texto muito cuidadoso!
ResponderEliminarparabéns.
Sandra, o seu mini conto está belíssimo, envolvendo
ResponderEliminarmúsica e uma paixão madura.
Muito bem escrito e descrito.
Uma leitura deliciosa que agradeço.
Beijo
~~~
A música anda sempre de braço dado com o amor, é um binómio perfeito.
ResponderEliminarEste encontro com o amor num concerto foi o local ideal para acontecer, lindo!
Ótimo fim de semana, Sandra
Olá Sandra :)
ResponderEliminarEstou de volta das minhas férias e tinha que vir aqui te dizer "olá".
Adorei o teu texto! Parabéns.
Beijinho
Mundo da Fantasia
Um texto muito bom. Vai sair daqui um romance, não é?
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Gostei muito de ler.
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