Penso na minha cidade que, mesmo longe dos incêndios, tantas mãos e
bolsos vis tratam de destruir ano após ano.
Tenho saudades da forma como a brisa à beira-mar me afagava o cabelo no outono. Em Espinho sinto-me completa, reconheço-me, encontro-me, não me sinto perdida, desligada, uma estranha ou emigrante em terra desconhecida. Em Espinho sinto-me protegida do mundo, como uma criança assustada no colo da sua mãe.
Não podemos permitir que destruam a cidade, que se perde a identidade a pouco e pouco. As casas abandonadas, as lojas afogadas pela indiferença de quem pode salvar esta cidade mas prefere olhar a tesouros alheios.
Espinho não quer crescer, não anseia ser moderna ou melhor que nenhuma outra, não deseja ser grandiosa, Espinho só quer viver, a vida que tinha e lhe foi tirada aos poucos sem ninguém perceber.
Tenho saudades da forma como a brisa à beira-mar me afagava o cabelo no outono. Em Espinho sinto-me completa, reconheço-me, encontro-me, não me sinto perdida, desligada, uma estranha ou emigrante em terra desconhecida. Em Espinho sinto-me protegida do mundo, como uma criança assustada no colo da sua mãe.
Não podemos permitir que destruam a cidade, que se perde a identidade a pouco e pouco. As casas abandonadas, as lojas afogadas pela indiferença de quem pode salvar esta cidade mas prefere olhar a tesouros alheios.
Espinho não quer crescer, não anseia ser moderna ou melhor que nenhuma outra, não deseja ser grandiosa, Espinho só quer viver, a vida que tinha e lhe foi tirada aos poucos sem ninguém perceber.
Espinho só quer ser o que sempre foi,
uma cidade grande de coisas pequenas, pequenas mas cheias de valor e
importância.
Quem a governa com ganância não sabe o que Espinho quer, e tira-lhe a água das raízes como uma árvore a quem impedem de viver.
Espinho é o meu berço, onde escrevi a minha história. Espinho não é o abraço de uma figura em ouro reluzente, tal escultura fria e sem alma... Espinho é o abraço duma mãe carinhosa, atenciosa e dedicada.
S.R.
Quem a governa com ganância não sabe o que Espinho quer, e tira-lhe a água das raízes como uma árvore a quem impedem de viver.
Espinho é o meu berço, onde escrevi a minha história. Espinho não é o abraço de uma figura em ouro reluzente, tal escultura fria e sem alma... Espinho é o abraço duma mãe carinhosa, atenciosa e dedicada.
S.R.
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Um vídeo de Jorge Portojo
Um vídeo de "Horizontes da Memória"
com o Prof. José Hermano Saraiva
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