Este blogue é um ponto de encontro com amigos desconhecidos que se reconhecem nas palavras e nos gestos, aqueles por vezes tão comuns que deixamos de reparar, até alguém nos voltar a falar deles, como se fosse a primeira vez.

Música

16 de setembro de 2017

Mais respeito que sou tua mãe!


FENOMENAL!

Sempre fui apaixonada por teatro, durante anos segui o trabalho de algumas companhias de teatro aqui no Porto, principalmente o grupo da Palmilha Dentada, depois de os ver a primeira vez em "Armadilha de Condóminos", nunca mais os larguei, são excelentes! Quando tinha 15 anos, cheguei a pensar em vir para a escola de teatro no Porto e seguir esse meio, mas os meus pais não concordaram com um curso de teatro para o meu futuro e acabei por seguir para o ensino, o qual adoro também, claro.

Quando vi, há uns meses atrás, o anúncio da peça: "Mais respeito que sou tua mãe", eu percebi que não podia perder a oportunidade! Uma comédia e ainda por cima com o Joaquim Monchique, um dos melhores actores de teatro portugueses, e a comemorar os 30 anos de carreira!

As cortinas ainda não tinham aberto já a sala estava toda a rir, (mas não vou dizer porquê para não estragar a surpresa a quem não viu ainda), a meio doíam-me os maxilares de tanto rir, foi fenomenal! A melhor peça que vi até hoje, um argumento inteligente e de rir às gargalhadas, os diálogos, o monólogo, o profissionalismo, as actuações, até o cenário é fantástico. As referências do Joaquim Monchique às mais recentes actualidades, algumas do próprio dia, assim de improviso e tão bem encaixadas no argumento, apanham-nos completamente desprevenidos e deixam-nos a rir aos mais altos decibéis. Foi a primeira vez que o vi ao vivo. Ele é genial!

Acreditem, foi tão bom que já tenho bilhete para lá voltar no dia 8! :D

Não percam a oportunidade, comprem um bilhete!
Até dia 22 de Outubro no Teatro Sá da Bandeira.


Vídeo:




7 de setembro de 2017

Um dia bem passado :)

Depois de um ano à espera da tão aguardada feira do livro, nada melhor do que ter o prazer de apreciá-la dentro da Natureza.
Este ano não estão tantas editoras como era habitual mas acho que a ida à Feira está aquém de comprar livros. É mais aquele momento em que nos sentimos rodeados de coisas boas que nos aquecem e confortam. A brisa fresca nas árvores com o sol que ainda não esmoreceu do Verão, o ambiente musical dos pássaros, a energia dos patos fora e dentro do lago, o burburinho de gente ao longe, os livros novos, usados, antigos, até os esgotados vieram à Feira do Livro.
Tantos sons, tantas cores, tantas histórias, tanta vida à nossa volta. Como uma Primavera a florescer no Outono.
O vídeo aqui:




Bolos em 2 minutos - 2º Round!

Depois de ter feito a experiência que me sujou o microondas todo enquanto a massa escorria chávena fora :) tentei novamente, desta vez pus menos quantidade por chávena, mas ainda não foi desta, tenho que pôr ainda menos quantidade.

Uma espécie de mini-bolo mármore:

1 ovo
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de manteiga
3 colheres de farinha
2 colheres de sopa de leite
Meia colher de café de fermento
50gr de chocolate de culinária

Numa tigela, bater o ovo, juntar o açúcar, a manteiga já derretida, a farinha, o leite e o fermento, misturar tudo bem e depois deixar um pouco na tigela e dividir o restante por canecas. Noutra tigela colocar 50gr de chocolate de culinária a derreter no microondas, uns 30 segundos chegam. Juntar o chocolate à massa que sobrou na tigela e misturar ambos. Colocar um bocadinho dessa massa com chocolate por cima e no centro de cada caneca. Levar cada caneca ao microondas por 1 minuto.

Mais uma vez sujei o microondas todo e as chávenas inclusive, mas é como dizem, à terceira é de vez e não vou desistir! :)

6 de setembro de 2017

#1 De Braços Abertos


Ontem foi dia de pipocas!
Há mais de um ano que não ia ao cinema, de tal maneira que até fiquei de boca aberta com o preço das bebidas no cinema, 3,60€ por uma bebida pequena! Mas que tipo de inflação é esta que o cinema sofre? Depois lembrei-me, por isso é que eu ia sempre buscar uma bebida ao hipermercado ou uma coca-cola ao Mac, porque pelo menos era melhor e metade do preço.
Mas pelos vistos havia uma promoção da Yorn em que mandamos uma sms para um número de 4 dígitos e nos enviam logo um código, ou seja, o filme em vez de 5€ e tal ficou por 3,50€ e tive direito a um menu médio por 3€ também, embora as pipocas tenham ido todas antes do filme começar :)

Desta vez fugi à tradição dos grandes filmes tipo Star Wars, também não havia Star Wars :) E decidi ver um filme francês "De braços abertos", sobre um tipo que diz abraçar todas as raças e etnias num livro e depois. para promover o livro, vê-se numa situação de frente a frente com uma espécie de "Le pen" que lhe pergunta se acolhia ciganos na casa dele, ao que ele acaba por dizer que sim, de braços abertos e não é que no mesmo dia lhe vão bater à porta uma família de ciganos! :)

Foi muito divertido. É diferente, é MUITO divertido e ainda tem um quê de inspirador. Recomendo ;)



5 de setembro de 2017

A minha cidade




Hoje de manhã quando fui à varanda, senti a brisa de outono da minha cidade, aquela que agora quase nunca vejo, por obra do destino. Entramos agora em setembro e estou mais longe do mar do que naquela bela cidade em que cresci e vivi a minha vida toda sempre com o mar a 100 passos do meu portão, mas por alguma razão hoje quando saí para a varanda ainda em pijama, pude viajar até lá, sentir o cheiro, a temperatura, a brisa… Pousei as mãos no parapeito e simplesmente fechei os olhos, inspirei o ar, ouvi o burburinho da brisa nas folhas das árvores, e por segundos eu estava de volta à minha vida, à minha casa, à minha infância, à minha adolescência, à minha cidade.

Ainda há muitos que me dizem que não gostam dela, e em forma de juízes dizem que não é uma cidade, mas uma aldeia. Se fosse uma aldeia não seria uma aldeia bonita na mesma? Há centenas de aldeias lindas em Portugal! Mas como pode alguém não gostar dela? Talvez a achem uma aldeia porque todos se conhecem ali, nenhuma caminhada ao fim do dia é semelhante a um passeio por terras estranhas, por entre gentes desconhecidas, porque todos se conhecem, todas as caras são familiares, há uma sensação de não solidão quando se anda na rua. Ao contrário de outras cidades, como no Porto por exemplo, pode-se viver lá uma vida inteira sem se conhecer sequer a cara dum vizinho.
Para mim e para os meus amigos conterrâneos, nenhuma cidade é como a nossa, quando estamos longe não há dia que não pensemos nela, não há dia que não desejemos lá voltar como um bebé recém-nascido que deseja o calor da mãe. Crescemos com um sentido e um amor “patriótico” pela cidade. Porquê, perguntam-me muitas vezes. Ao que respondo “Não sei… Talvez porque é uma cidade completa, como todos queremos ser, e só quem nela cresce pode entender”
É cidade especial. Embora agora mais envelhecida, com alguns sinais de abandono e esquecimento, e para quem lá volta, muito lhe possa parecer diferente, continua a haver aquela ligação forte e inexplicável que nos permite ver além  do que é visível, que nos permite reconstruir cada pedaço destruído com os nossos olhos e recordar tudo como se nada tivesse mudado a não ser os nossos cabelos, cada vez mais prateados.
Cada rua tem memórias, cada quarteirão, cada lugar, cada esquina, cada janela… Nada é impessoal e tão vulgar que nos passe ao lado, nada fica esquecido. Os azulejos de cada casa, a distância entre cada árvore, os gatos de cada esquina, as flores de cada canteiro, os baloiços dum parque de terra, os bancos vermelhos do jardim onde as nossas mães nos vigiavam, as lojas pequenas e simpáticas, os trilhos, a bicha das 7 cabeças, os montes, as ruas que descem retas e todas na mesma direção, o mar.
Crescemos com aquela praia sempre perto, cada rocha tem um lugar na nossa lembrança, cada onda, cada pegada que ali fizemos, fosse verão ou inverno. Aquela areia não é apenas um porto de descanso para bronzear no verão, ali, a praia, enquanto crescemos, vai-se transformando numa espécie de amiga, como um cão ou um vizinho, que nos acompanha ao longo dos anos, a quem nos habituamos e afeiçoamos profundamente. O mar então, é um forte, onde encontramos coragem, equilíbrio, inspiração. Sentamo-nos virados para o mar, atrás de nós outros continuam o “passeio dos tristes” que completa o dia, à nossa frente as ondas desfazem-se na areia. A imagem é tão intensa que conseguimos apagar completamente todos os passos, gargalhadas e conversas atrás de nós. Todos os nossos sentidos se esvaziam de tudo, de tão completos que ficam com a imagem, cheiro e som do mar, que nos invade tão rapidamente como uma flecha do cupido.
A minha cidade é completa, não lhe falta nada, a não ser todos aqueles que tiveram que partir por obra do destino. Faltam eles e falto eu dentro dela de vez em quando, para me sentir feliz e inteira, para me sentir eu, como sempre fui, como sempre serei.


4 de setembro de 2017

Bolo em 2 minutos!




Hoje decidi comprar este livro. Andava curiosa desde que o vi no site da Presença há uns meses.
Mal cheguei a casa não pude esperar para experimentar, dei uma vista de olhos ao livro para matar a minha curiosidade. Queria fazer um dos bolos mais simples, mas não tinha natas nem açúcar baunilhado, mas adaptei ao meu gosto :) contudo no livro as canecas pareciam-me bem pequenas e decidi usar uma intermédia, no entanto nem a intermédia chegou e saiu muita massa por fora durante a cozedura :)


Fica aqui a receita da minha 1ª experiência de bolo na caneca:

1 caneca grande (mais alta que larga)
1 ovo
1 colher de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de açúcar
Metade de um iogurte de côco
2 colheres de sopa cheias de farinha
Compota de Morango

Num tigela bater o ovo, misturar o açúcar, depois a manteiga já derretida, mexer, juntar metade do iogurte, a farinha e mexer tudo com um garfo até ficar homogéneo.

Por fim colocar na caneca e levar ao microondas. Na receita o tempo era para microondas de 800W e como o meu é de 650W aumentei um pouco o tempo. Deixei 2 minutos e 30 segundos. Quando o retirei fiz um furo no centro até ao fundo e enfiei a compota de morango.